sexta-feira, 14 de setembro de 2012

LIÇÕES DE "UMA LIÇÃO DE AMOR"

Olá!

Se já teve a oportunidade de ver, no outro post, a indicação da minha mulher para o filme "Uma Lição de Amor", no título original, I Am Sam - essa troca chega a ser mais "ousada" do que a de "Pequeno Milagre" (Simon Birch), ou "A Luta pela Esperança" (Cinderella Man) - agora você poderá conhecer as minhas razões para, sim, assistir a esse filme.


Mas antes, algumas condições são necessárias:


1º - é preciso ser capaz de se livrar dos preconceitos, aqueles do tipo "machão de plantão" ou "homem insensível" (é sério que acham isso um elogio?). Ah, também não é para intelectuais e críticos de cinema delirantes e deslumbrados que preferem gastar suas horas vendo "As Horas". Não esteja pronto a taxar o filme de "dramalhão"; em vez disso, simplesmente assista com a sua garota numa tarde de sábado (ou de quarta) e se deixe emocionar pela história e atuações dedicadas (e até "de risco", no caso de Sean Penn), e procurar extrair algo de valor para sua própria vida;


2º - você tem que estar aberto a repensar suas próprias relações,  sejam os laços de amor que mantém com sua família, ou mesmo do amor fraterno, da amizade. Só assim você poderá relembrar (ou descobrir) que o essencial é o prazer de estar junto, acima de tudo, e não o jogo de interesses, de egos e de gostos a que muitas vezes nos submetemos, por carência, culpa, costume ou sei lá o quê;


3º - ser o mínimo razoável possível pra perceber que a sociedade é cheia de erros, inclusive você. Só assim você vai entender mais claramente que suas manias e excentricidades, as quais você pode achar até bonito e legal ter, como expressões únicas de sua individualidade e personalidade, apenas não são consideradas aberrações porque são aceitas socialmente, e isso simplesmente porque o sistema é incapaz de rotular e aprisionar a todos (embora na prática é o que acontece), e porque assim você continua tendo um canal para despejar suas frustrações e projetos egoístas, para no fim continuar desempenhando seu papel e ainda ser produtivo. Complicado? E o que dizer da hipocrisia da sociedade e suas instituições, e também a sua, que prefere considerar as pessoas incapazes de certas coisas, muitas vezes sob o pretexto da "proteção", em vez de realmente acolhê-las, inserí-las e envolvê-las amistosamente;


é fundamental realmente saber ouvir, e ajuda se gostar de música, principalmente Beatles. Quer dizer, você é capaz de entender, na vida, o que significa "só o que importa é o amor" (All we need is love)?


Bem, se você conseguiu passar no teste dessas considerações, parabéns! Lá vão minhas razões pra vcs... ops! As razões aí já são suficientes, não?



Abraços... 

                        Casal: Coisa Casual




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